Olá, pessoal, tudo bem?
Na Lide de hoje temos um compilado de dicas sobre como os jornalistas podem manter a segurança em diversas frentes de trabalho. Além disso, trazemos as leituras que se destacaram na semana entre a equipe do InsperJor, a coluna do Centro Celso Pinto e as novidades do programa de Jornalismo.
Vamos nessa?
O desfecho trágico da história do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, assassinados durante uma expedição no Vale do Javari, no Amazonas, é sintoma de uma escalada violenta contra o jornalismo no Brasil denunciada por entidades em carta conjunta.
Segundo um ranking divulgado pela Repórteres Sem Fronteira, o Brasil ocupa o 110º lugar, entre 180 países analisados, quando o assunto é Liberdade de Imprensa. Nos últimos dois anos, pioramos seis posições e estamos atrás de Paraguai, Tunísia e Ucrânia.
Pensando em fornecer informações para preservar a integridade física e mental dos jornalistas, separamos alguns guias e manuais que podem ser úteis para quem atua na linha de frente:
CPJ Journalist Security Guide: um guia completo com dicas de segurança para cobertura em diferentes eventos, como protestos, desastres naturais e conflitos armados. O material ainda traz informações sobre avaliação de risco, segurança digital e autocuidado.
Dart Center for Journalism & Trauma: o centro da Universidade de Columbia é especializado na atuação jornalística em situações traumáticas e em como jornalistas lidam com esse tipo de trabalho. Há um vasto material de apoio com dicas de cobertura ao abordar temas sensíveis e também como os jornalistas podem estar atentos a sinais e sintomas para identificar o seu próprio estresse.
Guia sobre saúde mental de jornalistas: desenvolvido pelo ITS Rio com apoio do Meta Journalism Project, o guia traz um diagnóstico das principais queixas dos jornalistas, dicas práticas e ferramentas para evitar o esgotamento físico e mental dos profissionais.
Recursos para jornalistas mulheres: publicado originalmente pelo GIJN, o texto traduzido pela Abraji traz um compilado de organizações que têm algum tipo de material dedicado à segurança das mulheres jornalistas. Há guias, manuais, redes de apoio e dicas de como reportar casos de violência
⚡Lemos, gostamos, compartilhamos!
⏩ O Reuters Institute publicou a edição 2022 do seu famoso Digital News Report. Ao todo, os pesquisadores congregaram informações de 46 mercados de notícias. O Brasil é um deles e, por aqui, chama atenção a concentração dos veículos de imprensa nas mãos de poucos donos e o alto índice de pessoas que são seletivas em relação ao consumo de notícias e que evitam ler notícias com certa frequência (54% dos entrevistados).
⏩ Quais os limites dos estudos que se dedicam a entender os impactos das redes sociais sobre a sociedade? Uma reportagem publicada na The New Yorker argumenta que talvez a gente saiba menos sobre este assunto do que queremos admitir. O texto ainda republicar um útil repositório com pesquisas sobre redes sociais em diferentes frentes.
⏩ Só 0,4% dos posts no Facebook têm links para alguma notícia. Mesmo assim, isso parece ser muito para os seus usuários — 21% dos britânicos entrevistados pelo Digital News Report dizem que a rede de Zuckerberg tem "notícias demais" contra 3% que dizem que tem pouca. E dada a tendência, é possível imaginar FB e Instagram sem jornalismo, de acordo com essa ótima análise da tumultuosa relação entre Facebook e mídia no Nieman Lab. As causas ficaram muito mais claras em 2022.
🎯 Ferramenta do mês
Como usar ferramentas digitais e dados para monitorar florestas? Este webinar promovido pela Mongabay apresenta algumas ferramentas, como o Global Forest Watch, e bases de dados e mostra qual é a melhor forma de usá-las para contar histórias mais completas e didáticas para as audiências.
Coluna Centro Celso Pinto de Estudos de Jornalismo Econômico
Um dos melhores repórteres especializados em economia nos EUA é David Gelles, do New York Times, que lançou em maio livro intitulado “The Man Who Broke Capitalism”, sobre Jack Welch, o lendário CEO da General Electric do final do século passado.
Gelles deu ótima entrevista para a newsletter “The Ink”, no Substack, na qual reflete sobre como ele próprio no passado e o jornalismo em geral antes e agora fracassam na cobertura dos negócios de grandes empresas e de seus líderes.
“Quando penso nas minhas primeiras matérias nos meus empregos iniciais, vejo que essencialmente o que eu fazia era promover o mundo dos negócios e celebrar seus sucessos nos seus próprios termos”.
Depois, quando passou a fazer reportagens mais investigativas, diz ter percebido que o jornalismo tem um papel muito mais importante do que alavancar ídolos do mercado e suas práticas.
Suas reflexões servem para o exame crítico do jornalismo econômico em todos os países. Vale a pena ler!
🎓 Enquanto isso, no InsperJor…
⏩ O Master em Jornalismo de Dados, Automação e Data Storytelling está com inscrições abertas e, até dia 4 de julho, você recebe desconto por matrícula antecipada. E mais: associados da Abraji, Ajor, ANER, ANJ e Abracom recebem mais 15% de desconto no curso. O Master ampliou o número de disciplinas e o tempo para a conclusão do curso, mas manteve o mesmo valor da turma anterior. Conheça os professores, veja a grade de disciplinas e inscreva-se.
⏩ O debate sobre emergência climática tem pautado o jornalismo nos últimos tempos. Apresentar informações confiáveis, descobrir as melhores fontes e bancos de dados é essencial para elevar a qualidade da cobertura. É com esta proposta que o Insper lança o curso Como cobrir mudanças climáticas e mercado de carbono em parceria com o Instituto Veja. Jornalistas selecionados recebem 100% de bolsa e as inscrições vão até 22 de junho.
Até a próxima!
Equipe InsperJor