❌ Por que as pessoas deixam de assinar veículos jornalísticos?
Preço e alinhamento ideológico estão entre os motivos
Olá, pessoal, tudo bem?
Hoje, na Lide, vamos conversar um pouco sobre por que as pessoas deixam de assinar veículos jornalísticos. O Pedro Burgos fez um experimento no Twitter com esse tema e traz os resultados em primeira mão para os assinantes.
Além disso, nesta edição indicamos uma plataforma com cerca de 150 ferramentas que podem facilitar a sua vida na hora de trabalhar com dados. E, claro, as tradicionais dicas de leituras que gostamos e queremos compartilhar com vocês.
Vamos lá?
❌ Por que as pessoas cancelam assinaturas de veículos jornalísticos?
O Nieman Lab perguntou aos seguidores do Twitter quais assinaturas de veículos jornalísticos as pessoas cancelaram e por quê. Entre as cerca de 500 respostas, viu-se bastante a justificativa do custo alto e das "desavenças ideológicas". Veículos locais, que já sofrem com queda de receita há décadas, foram mais desassinados.
Repeti a pergunta no Twitter para os meus seguidores para ver se as justificativas se repetiam no Brasil. Em que pese o viés da amostra, a maior parte dos cerca de 50 cancelamentos aconteceram por, na ordem, pouco uso (às vezes derivado da falta de tempo); não concordar com a linha editorial e preço. Estadão, Folha e O Globo foram mais cancelados, muitas vezes com reclamação de não serem suficientemente críticos ao governo e por abrigar colunistas que alguns assinantes detestam.
Os resultados podem ser conferidos nesta planilha.
Investigar o que faz com que assinantes cancelem seus vínculos com produtos jornalísticos é algo bastante relevante e muito menos explorado do que esperaríamos. Especialmente considerando-se que reter um assinante é normalmente mais barato que atrair um novo.
⚡ Lemos, gostamos, compartilhamos!
⏩ O First Draft separou uma série de manuais e guias que auxiliam na cobertura sobre desinformação. Há conteúdos em diversos idiomas que vão desde os conceitos mais básicos sobre a desordem informacional até a verificação de informações, monitoramento de redes sociais e aplicativos de mensagens.
⏩ O Manual de Jornalismo de Dados - Rumo a uma prática crítica de dados foi lançado em sua versão em português. O livro, que é referência para quem trabalha com jornalismo de dados, foi traduzido graças a uma parceria entre o programa de jornalismo do Insper, a Abraji e a Escola de Dados. O bate-papo sobre o lançamento com a presença dos editores Jonathan Gray e Liliana Bounegru aconteceu durante o CodaBr e pode ser assistido aqui.
⏩ Por que a imprensa escolhe sempre ouvir os "dois lados", mesmo quando eles são assimétricos? Como uma visão ingênua de "objetividade" pode gerar riscos à democracia? Essas são algumas questões tratadas por Jay Rosen, professor de Comunicação da NYU e um dos melhores críticos da mídia nos EUA, neste excelente podcast. Vale bastante para nossa realidade também.
🎯 Ferramenta do mês
Hoje a gente não traz apenas uma ferramenta, mas um repositório inteiro. A Caixa de Ferramentas do Jornalismo de Dados, organizada pela Escola de Dados, traz cerca de 150 ferramentas para trabalhar com dados e permite a aplicação de filtros por categorias como visualização, análise e redes, além de identificar as ferramentas de código aberto. A coleção é viva e aceita contribuições direto pelo Github.
🎓 Enquanto isso, no Insper|Jor…
… começamos o planejamento para 2022. Estamos preparando novos cursos e queremos saber a sua opinião: o que você gostaria de aprender para ajudar a alavancar sua carreira em 2022? Quais temas você deseja ver mais no InsperJor?
Basta responder a este e-mail. Vamos adorar saber o que você tem a nos dizer.
… a turma do Master em Jornalismo de Dados e Data Storytelling começou a publicar os trabalhos finais no Medium do InsperJor. Confira os trabalhos de OSINT de dois grupos de alunos que investigaram a crise de oxigênio em Manaus durante a pandemia e a circulação de vídeos de festas em comunidades do Rio com pessoas portando armas de fogo de grosso calibre.
Até a próxima!
Equipe InsperJor